quarta-feira, 26 de abril de 2017

Evento : Além do Muro

Mais uma vez um grande amigo colaborou com a postagem do blog, dessa vez o Leandro Nunes (organizador do The Meeple em Niterói) foi até Jundiaí para acompanhar de perto um dos maiores eventos do país, o Além do Muro, e trouxe suas impressões para gente. 

No último sábado, 22/04 rolou a 38ª edição do evento de boardgames mais famoso de São Paulo, o Além do Muro. Estivemos em Jundiaí para prestigiar e curtir esse grande evento que já se tornou referência no cenário nacional.

O evento acontece no Nipo - Associação Cultural Nipo Brasileira, um local amplo e que permite a distribuição de mesas e cadeiras de forma extremamente confortável. Além disso, dispõe de estacionamento gratuito, o que facilita bastante para quem vai de carro.

Muitas mesas, muito espaço e uma galera grande!

Chegamos bem no horário de abertura, às 10hs e pudemos ver com calma como o evento estava distribuído. Logo na entrada nos deparamos com o acervo, que conta com um grande número de títulos, para todos os gostos, e basta solicitar e deixar seu nome registrado para retirar os jogos e levar para a mesa (isso permite que os organizadores tenham dados estatísticos de quais jogos saem mais). 

Haviam também mesas dedicadas ao RPG, e um destaque para a enorme mesa da Kronos Games, que estava com o Tiranos de Underdark e o Spartacus, com playmats gigantes para ambos os jogos.

 Acervo grande disponível para galera.

O evento, em parceria o com a Ludopedia, promove a Batalha de Clãs, uma brincadeira aonde os presentes podem concorrer a prêmios ao final do evento. No momento da inscrição você recebe um dos quatro clãs disponíveis (Dragões, Sereiras, Faunos e Grifos) e uma pulseira da cor do clã. Cada vez que você for vencedor de algum jogo no evento, deve comunicar à organização que imediatamente informa no microfone qual clã pontuou. No final do evento, os participantes concorrem aos prêmios dos respectivos clãs.

Além do acervo, há uma loja que disponibiliza uma grande variedade de jogos e acessórios à venda, facilitando quem vai experimentar algum jogo no evento e quer levá-lo para casa.

 Editoras com mesas próprias, como o pessoal da Kronos.

Próximo à entrada, existe uma área reservada para alimentação, aonde o pessoal da Nipo oferece um cardápio bem gostoso e acessível (quibes, pastéis, yakissoba, etc). Nessa área são disponibilizadas mesas e cadeiras destinadas apenas para alimentação, reduzindo muito os riscos de acidentes (derramar gordura ou bebidas nos jogos).

Por fim, próximo ao palco fica o Celeiro de Jogos, área destinada aos designers que levam seus protótipos pra galera testar, que estava repleto de opções para quem é entusiasta dos playtests. Tive a oportunidade de jogar novamente os dois excelentes jogos do Rodrigo Rego (Maracanã e Micropolis) e o Mix Tapes do Mac Schwarz Crow e do André Teruya Eichemberg, ótimo jogo no melhor estilo salada de pontos. Além disso haviam muitos outros como o Triax dos cariocas Swami Guimarães, Marcos Rangel e Wilson Rodrigues, o Vinyl, também do André Teruya Eichemberg, o Anime Saga da Arcano Games (atualmente em financiamento coletivo), o DP6 do Nordan Manz, entre outros.

 E no Celeiro de Jogos, o que vai chegar na sua
mesa em breve como o Mix Tapes.

O evento rolou até as 20hs e durante todo o dia as mesas estiveram cheias, tanto para jogos do acervo como para os protótipos do Celeiro de Jogos.

Pra fechar a noite fomos com algumas pessoas, capitaneadas pelo querido Boscolo, jantar num ótimo restaurante, o que tornou o fim de noite e a participação no evento mais especial, pois foi aquele momento de trocar idéias e conhecer melhor a galera.

O Além do Muro é parada obrigatória para os amantes de boards modernos. A organização vem fazendo um grande trabalho e tem tudo pra crescer cada dia mais e trazer muito mais gente ainda para o nosso hobby. Parabéns aos amigos do Além do Muro!

 Dois grandes caras,
o Boscolo (Além do Muro) e o Leandro (The Meeple)

SERVIÇO :
 Além do Muro
Evento BIMESTRAL
Associação Nipo Brasileira de Jundiaí
Av. Osmundo dos Santos Pellegrini 700 Jundiaí – SP

SEJA UM PADRINHO E AJUDE O EVENTO

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Barony


Em Barony os jogadores tentam estender seu baronato pelos territórios do reino, assim conseguindo mais prestígio até que um deles venha a se tornar Rei.

Com um tabuleiro modular que varia de acordo com o número de jogadores e que a cada partida tem vizinhanças diferentes, o jogo começa com cada jogador posicionando uma três cidades com cavaleiros que à partir daí vão crescendo para novos espaços.

Na sua jogada você tem UMA jogada a fazer dentre seis possíveis. Essas jogadas variam entre recrutar, mover, construir, dar um "upgrade" na sua cidade, fazer uma expedição ou aumentar seu título de nobreza.

O jogo fica movimentado e os confrontos são inevitáveis.

Cada ação dessas é super importante e saber o momento em realizar uma ação e abrir mão de uma peça do tabuleiro para conseguir alguma coisa mais para frete é crucial para o sucesso na partida.

Recrutar perto de terrenos de rio (que dá mais um cavaleiro), construir o máximo que der para receber muitos recursos e para bloquear determinado avanço adversário, saber a hora de trocar uma cidade para uma fortaleza ou um castelo, gastar o quanto antes seus recursos para subir na escala de nobreza, tudo é muito bem amarradinho e precisa de um planejamento.

A expansão Sorcery, introduz tiles de magia ao jogo!

O jogo termina quando um dos jogadores se torna Duque, contam-se os pontos da trilha somados aos pontos de recursos não utilizados e quem tiver mais pontos é considerado o Rei.

Eu achei o Barony (além de lindo visualmente) um excelente exercício de estratégia num jogo de pouco menos de uma hora. A Conclave trouxe além do jogo base a expansão Sorcery que eu ainda não peguei, mas segundo consta melhora um jogo que já entrou no meu HOT10 de 2017.

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Captive

 

Hoje vamos fazer uma coisa diferente, vamos resenhar uma história em quadrinhos, mas calma, não é qualquer HQ, nela você decide os rumos que a história vai tomando e suas ações afetam diretamente em como a trama é contada.

Em Captive sua filha foi sequestrada quando saia da natação, e os sequestradores exigem 10.000 Euros e que você os encontre no velho Castelo Bois Renard as 21h em ponto ou nunca mais a verá com vida.

Mas assim que você chega tudo começa a dar errado e é aí que o jogo começa a ficar bastante perigoso (e interessante).

Sua ficha de personagem para colocar seus atributos
e ir marcando ferimentos e outras informações.

Partindo da premissa dos velhos livros-jogos do Ian Livingstone que fizeram bastante sucesso entre a mulecada nerd dos anos 80/90, todo ponto chave da história te dá uma série de opções para onde você pode seguir, só que ao contrário da leitura linear de um livro, nos quadrinhos você pode deixar informações quase escondidas, o que torna cada passada de olho nos cenários algo muito mais cuidadoso.

A trama de Captive é bastante tensa e obscura, lembrando jogos como Alone in the Dark e o desenrolar do Betrayal at the House on the Hill, com reviravoltas, sustos e nada sendo como realmente parece ser a primeira vista.

Logo nas primeiras páginas você percebe
que nada vai ser tão simples quanto você imaginou.

Saber dosar o seu nível de curiosidade e ousadia também é muito importante para que você se mantenha vivo e avance cada vez mais na história e vá descobrindo o que há de tão misterioso e intrigante nesse sequestro, e com sorte salvar a sua Lili das garras dos bandidos.

A Mandala Jogos em parceria com a Makaka Editions vai trazer uma série dessas HQ's jogo para o Brasil, e cara, se todas tiverem a mesma qualidade gráfica e de trama, vai ser item obrigatório nas prateleiras de todo amante de jogos e de quadrinhos que se preze.

Fique atento ao cenário, as vezes a informação está tão
escondida, que você nem percebe na primeira olhada.

quarta-feira, 19 de abril de 2017

ABRIN 2017




Esse ano não pude comparecer à ABRIN que acontece todos os anos em São Paulo e é maior feira de brinquedos da América Latina, mas aproveitando que o amigo Warny Marçano ia passar por lá pedi para ele fazer uma matéria dando as impressões dele sobre o evento, então umas palavrinhas do amigo sobre a ABRIN 2017.

Cheguei na ABRIN por volta de 10h da manhã e ao me cadastrar e entrar pela primeira vez no espaço destinado aos estandes, me senti como se estivesse numa mini Bienal do Livro, em relação à organização. Porém, com um espaço e público bem menor. É importante ressaltar que como o evento é voltado para fechamento de negócios, acaba ficando mais vazio do que merecia ficar. 

Apesar dos 80 anos, sem muitas novidades significativas. 

Logo nos primeiros momentos, me deparei com o estande da Estrela. A empresa comemora 80 anos e preparou para o evento uma exposição de seus jogos e brinquedos clássicos. O estande era um dos maiores da feira e a exposição ainda ocupava uma parte externa. Um Pega Varetas de 1959 e o clássico Batata Quente são exemplos do que estava exposto. Dos lançamentos, destaque para o Masterchef Brasil, jogo licenciado do programa homônimo da Bandeirantes, e o Escape Room : The Game, uma interessante adaptação das salas de enigma que viraram febre nos Estados Unidos e que começaram a fazer sucesso também aqui no Brasil. 

O princípio é o mesmo: os jogadores precisam abrir um dispositivo através de senhas que ele precisa decifrar ao longo de um determinado tempo. Cada partida terá um cenário diferente e segundo o representante da Estrela, caso o jogo faça sucesso, eles já têm um projeto para trazer mais cenários.

Escape Room - The Game : Será uma boa aposta? 

Chegando no estande da GROW, nota-se claramente como eles se distanciam da Estrela no público alvo, apostando em jogos mais infanto-juvenis e adultos. Para variar, vem por aí uma nova versão do clássico WAR, agora com a temática sobre Vikings.  Com a nova temática, vem novas regras, mais estratégicas e com duração mais enxuta, para 2 a 4 jogadores. Parece promissor. 

No setor de jogos de tabuleiro modernos, além dos já lançados Catan - O Jogo, Ave Ceasar, Puerto Rico e Istanbul, o representante da GROW e da Ludus também apresentava as novidades: Broom Service, do novo queridinho da galera Alexandre Pfister, que é uma espécie de edição revisada e expandida do Witch’s Brew; The Castles of Burgundy, do grande Stefan Feld e um dos jogos mais bem posicionados no BGG e San Juan, versão de cartas do clássico Puerto Rico, que inspirou mecânicas para jogos como Race For the Galaxy

Broom Service e San Juan vem aí pela GROW.

Parece que a GROW não está nesse nicho para perder, pegando sempre os jogos mais bem premiados e vendidos do mundo.

O estande que mais me surpreendeu pela grandiosidade foi a da Hasbro. A empresa investiu muito e recebia os clientes com telões de Led mostrando imagens do novo filme dos Transformers e até números de dança! No quesito jogos, nenhuma novidade. Apenas os jogos de sempre, como Monopoly, Game of Life e RISK.

 WAR Vikings : Mais um para a franquia.

Copag e Toyster também marcaram presença no evento, porém com estandes muito voltados para fechar negócios. Na COPAG, o que dominavam eras as mesas com seus representantes de venda e não exposições de jogos nas vitrines. A popular Pais e Filhos também estava com estande no local, apostando em seus jogos qualidade discutível de componentes, porém com preços de produção bastante acessíveis.

O último estande visitado foi a da Galápagos. A empresa, única no evento totalmente especializada em jogos de tabuleiro modernos, destoava bastante das demais, mas o importante é que se fez presente com um imponente estande. Nas vitrines, jogos famosos do catálogo da editora, como Game of Thrones e Krosmaster Arena, numa clara tentativa de chamar a atenção de possíveis parceiros pela beleza dos componentes de seus jogos. Lá pude encontrar os amigos da Lends Club, lá do Sul, e o amigo Luiz Cláudio, da Orgutal lá de Brasília. 

Galápagos Jogos marcando presença na ABRIN com um estande bacana.

No final, o saldo foi extremamente positivo e a impressão que fica era que poderíamos ter uma ABRIN maior ainda do que ela é hoje, com empresas de todos os nichos de jogos participando e voltada também para o público em geral, permanecendo obviamente com seu potencial de fechamento de negócios, que é o ponto focal atual do evento. 

Essa matéria foi escrita pelo amigo Warny Marçano.

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Ludoteca Básica : Ticket to Ride


Criado em 2004 pelo autor Alan R. Moon, Ticket to Ride é um daqueles jogos que você leva minutos pra aprender, mas precisa de várias partidas para pegar a manha do jogo... e isso é genial.

No jogo recebemos rotas ferroviárias e precisamos à partir do gerenciamento das cartas, fazer com que trechos sejam cumpridos para recebermos pontos por eles no final do jogo.

Trechos sendo "coloridos" com os trens dos jogadores. Foto BGG.

Cada trecho tem uma quantidade de vagões (cartas) a serem usados e cores, então na sua rodada você pode comprar cartas (escondidas ou de um pool aberto), baixar cartas da mão para cumprir algum trecho da sua rota ou pegar novas rotas.

O jogo é simples assim, mas a forma com que os jogadores vão tentar maximizar seus caminhos para tentar cumprir um número maior de rotas, analisarem o melhor momento de baixar cartas e de comprar novas rotas, e aí que mora o brilhantismo do Ticket to Ride.

As cartas, são a alma do jogo, um bom gerenciamento garante muitos pontos. Foto BGG.

O jogo já vendeu mais de quatro milhões de cópias no mundo todo, e em 2014 recebeu uma edição linda para comemorar os 10 anos de lançamento.

Hoje, além do jogo base, com o mapa dos Estados Unidos, existem diversas outras versões que além de adicionarem novos mapas, ainda colocam para os jogadores novos desafios, como é o caso da versão Europa que vem com as estações e os túneis.

A versão de 10 anos tem um mapa maior, vagões pintadinhos... LINDO! Foto BGG.

Outro fator que faz com que o Ticket to Ride sejam um item obrigatório em qualquer coleção, é que ele chega a qualquer público, desde os jogadores de ocasião, aos mais hard-core que vão transformar a partida numa disputa acirrada pelos pontinhos.

Fica mais uma dica de jogo simples, porém brilhante e que todos devem ter na sua coleção alguma de suas versões para poder apresentar aos amigos que procuram algo além do Banco Imobiliário.

Uma das diversas versões, o Europa adiciona túneis e estações. Foto BGG.

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Campanha SEAFALL : Prólogo + 1ª Sessão


Jogos Legacy são uma experiência única, os jogos são feitos para ao final darem aos jogadores aquela sensação de terem participado de um evento em que vão se lembrar e ficar batendo papo sobre eles por anos, e por isso escolher o grupo certo é tão importante.

Dito isso, eu, o Fabrício do After Match, o Davi Coelho do Siga o Coelho e o Leandro Zombie (nossa cota de pessoas zoadas) nos juntamos para desbravar oceanos, enfrentar piratas, conviver com nativos e suas crenças e ver quem no final terá mais glória e será o Imperador do Mundo. Essa é a premissa de SeaFall e você vai acompanhar a campanha aqui por escrito (sem spoiler) e em vídeo nos canais After Match (link) e Siga o Coelho (link), fiquem ligados!


O jogo traz uma forma de aprendermos as regras básicas, sem precisarmos começar às cegas na experiência, para isso ele libera um Prólogo, que funciona para nomearmos as primeiras ilhas, os conselheiros e começarmos a nos familiarizar com termos, como funciona a estrutura do jogo, enfim, é a hora de tirar dúvidas.

O jogo é dividido em anos (um Inverno e seis rodadas). Durante o Inverno temos uma fase de limpeza, onde os conselheiros usados são reativados, ganha-se grana e o jogador inicial muda de acordo com a trilha de glória, nas outras seis rodadas temos uma carta de evento que pode ser uma coisa boa ou não e os jogadores se dividem em ações.

Mesa pronta para o Prólogo do SeaFall Legacy.

A primeira decisão a ser tomada é se contratamos Conselheiros (que são personagens que dão uma ajuda no decorrer da partida) ou se compramos um tesouro (que dão pontos de glória).

Depois temos a escolha da Guilda que usaremos naquele turno, existem quatro Guildas distintas (Mercadores, Construtores, Exploradores e Soldados), cada uma com três ações onde podemos escolher duas.

E jogo vai se desenvolvendo enquanto conquistamos Marcos Históricos (que disparam determinadas mudanças no tabuleiro, nos personagens e até mesmo nas regras do jogo) e na rodada em que o jogador atingir a quantidade de pontos da Sessão (12 no Prólogo) o jogo termina.

 Muitas caixinhas ainda a serem abertas.

No Prólogo, o SeaFall acaba sendo uma experiência um pouco monótona, pois como não existe muito o que fazer o processo de "vai pras ilhas, explora/saqueia, ganha dinheiro, compra tesouro" acaba se tornando muito repetitivo, e talvez pudesse ter sido resolvido com menos Marcos Históricos para com sorte emendar o Prólogo direto na 1ª Sessão.

No final conseguimos nomear grande parte das áreas das ilhas e arrumamos a ordem da mesa para começarmos realmente a partida.



Aquela hora em que todos tremem : rasgar os componentes.



Agora sim a brincadeira começa!! Logo de cara somos surpreendidos por Marcos Históricos mais desafiadores, uma reviravolta na história de cada província e certeza de que o jogo começa a ficar mais interessante.

Sabendo que à partir de agora cada ação vai influenciar o jogo para sempre, começamos cautelosos a explorar lugares que ficaram ainda inexplorados no Prólogo e as províncias começar a botar suas manguinhas de fora e temos mais saques do que antes.

Nomear os conselheiros dá margens para muitas homenagens.

Cada província dispões de dois barcos, que tem estatísticas diferentes, tentar andar com os dois juntos atrasa um pouco, então o lance é colocar um para viagens longas e outro pra fazer comércio e tentar conseguir um dinheirinho aqui e outro ali.

Essa primeira sessão foi mais legal, mais pegada nos pontinhos com as províncias se alternando na liderança da pontuação, e com quase todos os Marcos Históricos sendo conquistados, MENOS UM!

A cada descoberta os marujos conhecem um pouco mais da história do jogo.

Fechamos a pontuação da 1ª Sessão (11 pontos) sem cumprirmos o Marco que abriria a primeira caixinha surpresa do jogo, acho que vamos nos arrepender disso no próximo jogo, mas a vida no mar é assim mesmo, não é sempre que a pesca é produtiva, nem que as explorações dão resultado.


http://www.gameofboards.com.br/

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Kanagawa


Programado para sair em 2017 pela RedBox Editora, o Mestre Hokusai resolveu abrir uma escola de pintura para passar seu conhecimento aos seus pupilos, para isso você precisa estar atento às melhores tintas, ao captar as mais belas paisagem para se destacar entre os discípulos do Mestre.

Partindo dessa premissa, Kanagawa é um card-game onde a cada rodada nos são apresentadas cartas que podem servir de duas formas : ou elas serão usadas como pinturas ou no estúdio como material para realizar essas pinturas.

O mercado das cartas que podem ser compradas na rodada.

A rodada funciona da seguinte forma, o jogador inicial vai dispondo cartas em uma linha, ao final dessa disposição todos os jogadores tem a oportunidade de pegar uma coluna de carta(s), ou de esperar mais uma linha, o que vai aumentar a quantidade de cartas a serem pegas.

Essa é uma mecânica que eu já tinha visto no Coloretto, mas diferente desse, no Kanagawa acontece que em cada coluna sempre terá uma carta fechada, o que torna a decisão de pegar ou não a oferta antes dos outros uma estratégia interessante.

Ao final da colocação da terceira linha de cartas os jogadores são obrigados a pegar as colunas disponíveis (caso ainda não tenham pego nenhuma), e aí os aprendizes precisam colocar suas cartas no jogo.

As fichinhas de bônus : Decisões importantes durante a partida.

Essa colocação obedece uma série de fatores, mas o principal é : você só coloca uma pintura, se tiver a tinta requerida no seu estúdio e um pincel para pintá-la. Cada jogador começa com dois pincéis e pode ir ganhando outros no decorrer da partida.

A grande graça do Kanagawa são as decisões de pintura, pinceis, tintas, o que vai te dar bônus instantâneo, o que vai pontuar melhor no final, será que eu espero pra pegar a plaquinha de bônus agora ou deixo pra mais tarde. Tudo influencia na sua pontuação final.

O nosso estúdio com suas cores e a linda pintura que vamos formando.

O jogo termina na rodada em que o primeiro jogador tiver colocado 11 cartas de pintura, ou na rodada onde a oferta de cartas acabar, somam-se todos os pontos e o discípulo mais esforçado é aquele que tem mais pontos.

Eu adorei o Kanagawa, ele é simples, tem uma produção linda (que eu espero seja trazida IGUAL pela RedBox), e um tempo de jogo bastante tranquilo, é outra daquelas pérolas do grande Bruno Cathala.

segunda-feira, 10 de abril de 2017

TOP 3 : Jogos de Cartas


Quando comento sobre um jogo que eu gosto, muitas vezes acabo elencando ele em algum TOP, seja pela mecânica, tema, autor ou algum outro critério doido. Por isso vou começar essa série de TOP 3 para ajudar aos amigos que procuram algo específico, e também para dar aquela pausa estratégica entre a tonelada de resenhas.

Abrindo a série, meu TOP 3 de jogos de cartas, apesar de já jogar cartas desde muito pequeno (com Mico-Preto, Super Trunfo e o indefectível Buraco com a família), foi com o Magic e Jihad que a coisa ficou séria.

Mas depois de conhecer os jogos modernos a gente ganha uma nova dimensão do que dá para se criar e a quantidade de utilizações que as nossas cartinhas podem ter, então esses são os três jogos que para mim trazem o melhor que se pode extrair desses joguinhos.


GLORY TO ROME

Criado pelo grande Carl Chudyk (mesmo do Red7 e do Mottainai) ele foi um dos primeiros jogos que eu vi que usa as cartas de praticamente todas as formas possíveis.

As cartas podem ser patronos, prédios, recursos, material e as decisões são sempre apertadas e além disso, o andamento do jogo com você seguindo o patrono puxado, ou esperando para trabalhar num próximo turno é bem legal.

Dos três é o único que vocês não vão conseguir arrumar fácil, mas tendo a oportunidade, joguem!


DOMINION

Pai dos jogos de deck-building, quando saiu (a quase 10 anos já), o Dominion explodiu minha cabeça e como a minha, a de praticamente toda a comunidade gamer.

A grande sacada de você ir montando o seu jogo enquanto joga, e com as cartas disponíveis para todos, corrigiu uma das coisas que eu acho mais chatas nos CCG's, que é ter que pensar no deck, vem a sinergia das cartas e acabar tendo que correr atrás daquela carta que só meia dúzia de pessoas tem.

Com a chegada dos deck-buildings está tudo lá para você, a sua estratégia é pensada na hora e todos tem as mesmas possibilidades. JOGÃO!


7 WONDERS e 7 WONDERS DUEL

Quando eu conheci o 7 Wonders eu praticamente só joguei ele durante um tempão, que jogo gostoso, que ideia bacana e que utilização do draft criativa.

Tudo no jogo me deixou feliz, usar os recursos dos vizinhos, a utilização das cartas, as Eras, as maravilhas, realmente ele chegou a figurar no meu TOP10 geral, mas começou a saturar.

Aí com a LEADERS o jogo ganhou uma nova vida, mais partidas, até a chegada do CITIES, que é legal, mas já não adiciona muito e finalmente com a BABEL o jogo começou a ficar meio de lado... até que chegou o DUEL.


Corrigindo a falha do jogo maior, a versão para 2 do 7 Wonders consegue ter similaridades e ainda assim ter diferenças que tornam o jogo uma experiência nova e traz pra ele uma turma e quem já curtia volta a querer jogar tanto o novo, quanto o antigo.

E esse foi meu TOP3 de jogos de cartas. Concordam, discordam, comentem aí e deem sugestões para os próximos TOP's.

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Loot


Lançado em 92, Loot é um card game criado pelo grande Reiner Knizia e que finalmente chega ao Brasil pela Geeks'n Orcs com arte exclusiva e com precinho bacana.

O objetivo do Loot é fazer pontos, você pontua quando consegue atacar navios mercantes usando cartas de piratas disponíveis na sua mão.

Na sua rodada você pode : baixar uma carta de navio mercante, começar a atacar um navio que já esteja na mesa (tenha sido colocado por você ou por outro jogador), aumentar o poder de fogo em alguma disputa que você já faça parte ou comprar uma carta para sua mão.

 
Os ataques funcionam assim, vários piratas contra os navios mercantes.

As disputas pelos navios mercantes são definidas pelo poder de fogo dos piratas (representados por caveiras nas cartinhas), só que entrar numa disputa não é tão simples.

Existem apenas quatro cores de piratas, uma vez que você entre numa disputa com o pirata azul, não pode aumentar usar cartas de outras cores ou no caso de você querer entrar em uma disputa, precisa usar uma cor que ainda não tenha sido colocada.

 
A Geeks'n Orcs acertou em fazer uma nova arte caprichada para a versão BR.

Ganha a disputa pelo navio o jogador que conseguir ter o maior poder de fogo quando a rodada voltar para ele, e no final o jogador com mais pontos em navios mercantes é o grande vencedor.

Loot tem uma pegada "take that" bem bacana, é dinâmico, com pernadas e jogadas que você precisa ficar prestando atenção o tempo todo para não deixar ninguém levar um navio bom baratinho. Além disso ele tem uma versão em duplas bastante bacana, o que torna o jogo uma excelente opção para se ter na coleção.

quarta-feira, 5 de abril de 2017

Nexus Ops


Lançado em 2005 pela Avalon Hill, Nexus Ops é um jogo de porrada onde quatro corporações futuristas batalham pelo monopólio de extração das pedras de Rubium contratando várias raças alienígenas para combaterem por esse objetivo.

O jogo usa um tabuleiro modular e basicamente você na rodada ganha créditos, compra unidades, move as unidades, batalha e verifica se cumpriu algum dos seus objetivos.

Versão da Avalon Hill com as miniaturas de "chiclete".

Um dos grandes baratos do Nexus Ops, é a diferença das unidades. Nós temos os dragões Rubium, os lagartos de lava, as aranhas das rochas, os cristalinos e fungóides e os mais fracos de todos, os humanos.

Cada um tem sua força de combate e tem vantagens e desvantagens dependendo do terreno onde eles estejam.

A vantagem dele em relação a outros jogos de porrada, é que o Nexus Ops acaba sendo muito mais direto, não tem essa de ficar fazendo "castelinho de areia", como o jogo é resolvido por objetivos conquistados e o mapa é muito apertadinho, ou você vai pra cima, ou invariavelmente, vai perder o jogo e a opção em duplas é muito bacana abrindo novas estratégias para a partida.

O remake da Fanatasy Flight lançado em 2012.

Mesmo depois de tantos lançamentos, o jogo ainda é uma das melhores opções para quem quer um joguinho de conflito rápido, estratégico e divertido.

Em 2012 a Fantasy Flight comprou os direitos do jogo e o relançou com nova arte, algumas regras adicionais, mas se você conseguir a versão da Avalon, ela é muito mais legal, as miniaturas brilham sob a luz negra!!!!!