sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Star Wars : Destiny


Grande aposta de final de ano da Galápagos Jogos, o Star Wars : Destiny é um card/dice game colecionável com a franquia mais rentável de todos os tempos, não tem como dar errado certo?

Mais ou menos, vou explicar. Tendo na equipe criativa o renomado Corey Konieczka (do Imperial Assault, Runewars e Eldritch Horror), o Star Wars : Destiny tem todos os elementos para ser um sucesso, mas ele cai no mesmo problema de quase todos os colecionáveis, é um poço sem fundo de gastos para você ter um "deck" para ganhar.

Essa primeira leva que chegou ao Brasil vem com dois decks prontos, o do Kylo Ren e o da Rey, e a indefectível caixa com boosters, que em cada envelope trazem um dado e cinco novas cartas.

Mesa preparada para uma partidinha de Destiny.

As regras do Star Wars : Destiny, são tranquilas de assimilar. Durante o turno temos uma alternância de ações até que os dois lados passem. Essas ações podem ser, rolar dados, baixar cartas e ativar dados já rolados.

O coração das ações vem dos dados, é lá onde você adquire recursos para poder baixar as cartas, usa poderes especiais, consegue escudos para prevenir danos e ataca seus adversários.

Na partida que eu fiz, senti que o deck da Rey é mais fraco que o do Kylo, então a menos que logo de cara venham suportes e equipamentos que adicionem rápido novos dados ao seu pool, a tendência é que a Rey apanhe muito até que comece a fazer alguma coisa.

O que não vem nos decks pré-montados,
você vai encontrar nos boosters.

No final, ganha o lado que conseguir eliminar os personagem do adversário primeiro, e uma partida completa dura em média uns 40 minutos no máximo.

Fiquei com a impressão de um jogo gostoso, mas que para se tornar competitivo, precisa gastar uma grana em boosters, e ao contrário do X-Wing, que você sabe exatamente o que comprar para fazer uma frota decente, nele vai a questão da sorte ou ficar a mercê da galera que vai meter a mão numa carta rara.

Então dado esse aviso, se você é fã da franquia, minha sugestão é : joga uma ou duas partidas (de preferência com decks diferentes) e se curtir, cai dentro... E que a força (do cartão de crédito) esteja com você.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Arcária


Primeiro jogo do autor Raubher Borba, o Arcária é um jogo de destreza onde os jogadores comandam três raças procurando novos territórios para levar o seu povo, uma vez que os humanos estão dominando tudo.

Com isso Elfos, Orcs e Anões lutam entre si para cumprir seus objetivos e assim começar um novo tempo de prosperidade para seus povo. Dito isso, vamos começar a falar sobre as regras do Arcária.

A caixa em madeira, componentes lindos,
dardo profissionais.

Após os jogadores escolherem uma das raças, sorteamos uma carta de classe, que é um benefício extra, e uma carta de objetivo, que vai comandar a forma com que você vai ganhar a partida.

Os turnos são alternados e você começa decidindo se vai utilizar a habilidade da sua raça ou não, caso utilize terá direito a realizar uma ação de caça, que é feita através de dados e vai te dar pontos para serem utilizados com a carta de classe previamente sorteada.

A mesa pronta para a partida.

Depois disso vem o grande barato do Arcária, a fase de conquista. Diferente de tudo que você já viu por aí, para você conquistar os territórios, temos um alvo de dardos, cada jogador tem direito a 4 lançamentos (isso pode mudar dependendo da raça escolhida), e conforme a combinação de resultados você consegue conquistar algum território ou não.

Para cada dardo que não fixe no alvo, ou que caia na parte onde tem água do mapa, o jogador recebe uma carta de avaria, que é uma coisa ruim para a rodada seguinte.

Com a combinação de dardos você consegue pegar ou não um território.

Uma vez que a raça consiga cumprir o objetivo pessoal, ou conquiste 5 territórios, o jogo acaba com a vitória dessa raça.

O jogo é totalmente artesanal, mesmo na sua versão final, mas mesmo assim a qualidade dos componentes está muito boa (só tem que melhorar cartas e dados), quanto as regras, ainda tem que ajustar algumas coisas e o Raubher tem ouvido bastante o pessoal que tem jogado.

O autor (de camisa azul), o Leandro (do The Meeple) e eu.

O Arcária é um jogo leve, bonito, com componentes de qualidade e que apesar de ainda não estar 100% com as regras prontas, tem potencial para divertir a galera mais light.

Hoje ele está em financiamento pelo Catarse, e mesmo que não feche os 100%, todos que apoiarem o jogo receberão a sua cópia (é a Campanha Flexível).

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

A Feast for Odin


Lançado oficialmente na Spiel de Essen esse ano, A Feast of Odin é o mais novo "jogo grande" do Uwe Rosenberg, conhecido por obras-primas como Agricola, Caverna e Le Havre.

Ele é um worker-placement pesado (literal e figurativemente) onde temos um tabuleiro central de ações e nele fazemos uma série de coisas para ao final de 7 rodadas, tentarmos ganhar mais pontos que os adversários.

Mesa cheia de elementos para o banquete.

Cada jogador tem seu próprio tabuleiro com um assentamento que começa com um monte de ponto negativo e para fecharmos bem o jogo precisamos colocar tiles bem ao estilo "Tetris" (ou ao estilo Patchwork do próprio autor).

Como curiosidade, fica a adição de dados para a ação de caça do jogo, mas como não poderia deixar de ser, tem a sorte mitigada de várias formas e se ainda assim você não conseguir caçar, leva um prêmio de consolação.

O tabuleiro de ações. Tem opção pra todo mundo.

O jogo tem um ritmo crescente (a cada rodada você ganha um novo trabalhador) e na sétima rodada ele fica bem tenso com os jogadores tentando fazer de tudo para pontuar da melhor forma possível.

A Feast of Odin entrega aos jogadores aquela experiência de um euro pesado, punitivo, com curva de aprendizado, e o gostinho de querer uma nova partida assim que termina a primeira.

Na minha opinião, um dos grandes jogos do Uwe, e é daqueles que quanto mais você joga, mais brilhante ele vai ficando.

Tabuleiro individual, bastante informação.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Flick'em Up!


Eu sou fã de jogos de destreza desde bem muleque (com o Futebol de Botão, Cai-não-cai e as bolinhas de gude) e sempre foram jogos que me divertiram um bocado.

Hoje temos grandes jogos que envolvem empilhar coisas, equilibrar componentes e petelecar pecinhas, e é nessa última categoria que se encaixa o Flick'em Up!, um jogo que simula confrontos entre mocinhos e bandidos no Velho Oeste.

Cenário 1 montado, o Velho-Oeste pronto para a peleja.

O Flick'em Up! chegou as lojas brasileiras esse ano pela Galápagos Jogos e tem uma produção SUPER caprichada, com um insert onde todas as pecinhas se encaixam.

Na partida escolhemos um dos cenários do manual, dividimos os jogadores entre mocinhos e bandidos e vamos petelecando para realizar as ações como mover ou atirar (ainda existe uma terceira ação que não precisa de peteleco que é pegar/largar/trocar).

Os turnos começam com os dez cowboys se alternando e quando todos já tiverem realizado suas ações o ponteiro do relógio da cidade (que é o marcador de turnos) avança e um novo turno começa.

Esse já não vai mais assaltar o Saloon.

Dependendo do cenário jogado uma condição de vitória precisa ser alcançada, mas se o relógio bater o meio-dia, o jogo também termina e quem tiver eliminado mais adversários ganha.

Flick'em Up! é um jogo para se divertir com os amigos e com a família (se você tiver filhos então é um prato cheio), tudo é caricato e não deve ser levado muito a sério, ele é entretenimento no seu estado puro, você está ali para dar peteleco fingindo que está atirando com sua pistola e se por acaso se pegar fazendo barulhinhos com a boca, não se reprima, é esse feeling que o jogo está querendo te passar.

Arthur se preparando para "mover" seus cowboys.