sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Star Wars : Destiny


Grande aposta de final de ano da Galápagos Jogos, o Star Wars : Destiny é um card/dice game colecionável com a franquia mais rentável de todos os tempos, não tem como dar errado certo?

Mais ou menos, vou explicar. Tendo na equipe criativa o renomado Corey Konieczka (do Imperial Assault, Runewars e Eldritch Horror), o Star Wars : Destiny tem todos os elementos para ser um sucesso, mas ele cai no mesmo problema de quase todos os colecionáveis, é um poço sem fundo de gastos para você ter um "deck" para ganhar.

Essa primeira leva que chegou ao Brasil vem com dois decks prontos, o do Kylo Ren e o da Rey, e a indefectível caixa com boosters, que em cada envelope trazem um dado e cinco novas cartas.

Mesa preparada para uma partidinha de Destiny.

As regras do Star Wars : Destiny, são tranquilas de assimilar. Durante o turno temos uma alternância de ações até que os dois lados passem. Essas ações podem ser, rolar dados, baixar cartas e ativar dados já rolados.

O coração das ações vem dos dados, é lá onde você adquire recursos para poder baixar as cartas, usa poderes especiais, consegue escudos para prevenir danos e ataca seus adversários.

Na partida que eu fiz, senti que o deck da Rey é mais fraco que o do Kylo, então a menos que logo de cara venham suportes e equipamentos que adicionem rápido novos dados ao seu pool, a tendência é que a Rey apanhe muito até que comece a fazer alguma coisa.

O que não vem nos decks pré-montados,
você vai encontrar nos boosters.

No final, ganha o lado que conseguir eliminar os personagem do adversário primeiro, e uma partida completa dura em média uns 40 minutos no máximo.

Fiquei com a impressão de um jogo gostoso, mas que para se tornar competitivo, precisa gastar uma grana em boosters, e ao contrário do X-Wing, que você sabe exatamente o que comprar para fazer uma frota decente, nele vai a questão da sorte ou ficar a mercê da galera que vai meter a mão numa carta rara.

Então dado esse aviso, se você é fã da franquia, minha sugestão é : joga uma ou duas partidas (de preferência com decks diferentes) e se curtir, cai dentro... E que a força (do cartão de crédito) esteja com você.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Arcária


Primeiro jogo do autor Raubher Borba, o Arcária é um jogo de destreza onde os jogadores comandam três raças procurando novos territórios para levar o seu povo, uma vez que os humanos estão dominando tudo.

Com isso Elfos, Orcs e Anões lutam entre si para cumprir seus objetivos e assim começar um novo tempo de prosperidade para seus povo. Dito isso, vamos começar a falar sobre as regras do Arcária.

A caixa em madeira, componentes lindos,
dardo profissionais.

Após os jogadores escolherem uma das raças, sorteamos uma carta de classe, que é um benefício extra, e uma carta de objetivo, que vai comandar a forma com que você vai ganhar a partida.

Os turnos são alternados e você começa decidindo se vai utilizar a habilidade da sua raça ou não, caso utilize terá direito a realizar uma ação de caça, que é feita através de dados e vai te dar pontos para serem utilizados com a carta de classe previamente sorteada.

A mesa pronta para a partida.

Depois disso vem o grande barato do Arcária, a fase de conquista. Diferente de tudo que você já viu por aí, para você conquistar os territórios, temos um alvo de dardos, cada jogador tem direito a 4 lançamentos (isso pode mudar dependendo da raça escolhida), e conforme a combinação de resultados você consegue conquistar algum território ou não.

Para cada dardo que não fixe no alvo, ou que caia na parte onde tem água do mapa, o jogador recebe uma carta de avaria, que é uma coisa ruim para a rodada seguinte.

Com a combinação de dardos você consegue pegar ou não um território.

Uma vez que a raça consiga cumprir o objetivo pessoal, ou conquiste 5 territórios, o jogo acaba com a vitória dessa raça.

O jogo é totalmente artesanal, mesmo na sua versão final, mas mesmo assim a qualidade dos componentes está muito boa (só tem que melhorar cartas e dados), quanto as regras, ainda tem que ajustar algumas coisas e o Raubher tem ouvido bastante o pessoal que tem jogado.

O autor (de camisa azul), o Leandro (do The Meeple) e eu.

O Arcária é um jogo leve, bonito, com componentes de qualidade e que apesar de ainda não estar 100% com as regras prontas, tem potencial para divertir a galera mais light.

Hoje ele está em financiamento pelo Catarse, e mesmo que não feche os 100%, todos que apoiarem o jogo receberão a sua cópia (é a Campanha Flexível).

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

A Feast for Odin


Lançado oficialmente na Spiel de Essen esse ano, A Feast of Odin é o mais novo "jogo grande" do Uwe Rosenberg, conhecido por obras-primas como Agricola, Caverna e Le Havre.

Ele é um worker-placement pesado (literal e figurativemente) onde temos um tabuleiro central de ações e nele fazemos uma série de coisas para ao final de 7 rodadas, tentarmos ganhar mais pontos que os adversários.

Mesa cheia de elementos para o banquete.

Cada jogador tem seu próprio tabuleiro com um assentamento que começa com um monte de ponto negativo e para fecharmos bem o jogo precisamos colocar tiles bem ao estilo "Tetris" (ou ao estilo Patchwork do próprio autor).

Como curiosidade, fica a adição de dados para a ação de caça do jogo, mas como não poderia deixar de ser, tem a sorte mitigada de várias formas e se ainda assim você não conseguir caçar, leva um prêmio de consolação.

O tabuleiro de ações. Tem opção pra todo mundo.

O jogo tem um ritmo crescente (a cada rodada você ganha um novo trabalhador) e na sétima rodada ele fica bem tenso com os jogadores tentando fazer de tudo para pontuar da melhor forma possível.

A Feast of Odin entrega aos jogadores aquela experiência de um euro pesado, punitivo, com curva de aprendizado, e o gostinho de querer uma nova partida assim que termina a primeira.

Na minha opinião, um dos grandes jogos do Uwe, e é daqueles que quanto mais você joga, mais brilhante ele vai ficando.

Tabuleiro individual, bastante informação.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Flick'em Up!


Eu sou fã de jogos de destreza desde bem muleque (com o Futebol de Botão, Cai-não-cai e as bolinhas de gude) e sempre foram jogos que me divertiram um bocado.

Hoje temos grandes jogos que envolvem empilhar coisas, equilibrar componentes e petelecar pecinhas, e é nessa última categoria que se encaixa o Flick'em Up!, um jogo que simula confrontos entre mocinhos e bandidos no Velho Oeste.

Cenário 1 montado, o Velho-Oeste pronto para a peleja.

O Flick'em Up! chegou as lojas brasileiras esse ano pela Galápagos Jogos e tem uma produção SUPER caprichada, com um insert onde todas as pecinhas se encaixam.

Na partida escolhemos um dos cenários do manual, dividimos os jogadores entre mocinhos e bandidos e vamos petelecando para realizar as ações como mover ou atirar (ainda existe uma terceira ação que não precisa de peteleco que é pegar/largar/trocar).

Os turnos começam com os dez cowboys se alternando e quando todos já tiverem realizado suas ações o ponteiro do relógio da cidade (que é o marcador de turnos) avança e um novo turno começa.

Esse já não vai mais assaltar o Saloon.

Dependendo do cenário jogado uma condição de vitória precisa ser alcançada, mas se o relógio bater o meio-dia, o jogo também termina e quem tiver eliminado mais adversários ganha.

Flick'em Up! é um jogo para se divertir com os amigos e com a família (se você tiver filhos então é um prato cheio), tudo é caricato e não deve ser levado muito a sério, ele é entretenimento no seu estado puro, você está ali para dar peteleco fingindo que está atirando com sua pistola e se por acaso se pegar fazendo barulhinhos com a boca, não se reprima, é esse feeling que o jogo está querendo te passar.

Arthur se preparando para "mover" seus cowboys.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Isle of Skye : From Chieftain to King


Esses dias finalmente tive a oportunidade de jogar o Isle of Skye, jogo que ganhou o Kennerspiel des Jahres desse ano e foi recentemente lançado pela PaperGames aqui no Brasil.

O jogo tem um tema sobre a Escócia colado, mas basicamente é um tile-placement bem similar ao Carcassonne com um sistema de mercado de compra de tiles e pontuação que varia de uma rodada para outra.

Mas pera, não tem nada de muito novo nisso aí, né? Cara, é no mercado do jogo e na pontuação alternada que está o brilhantismo dele.

O mercado de tiles do jogo : grande sacada.

No inicio do turno os jogadores compram três tiles e dispõe na frente de si. Secretamente escolhem um para ser descartado e precificam os outros dois.

Uma vez que todos revelam essas decisões. à partir do jogador inicial, você tem a opção de comprar um tile do amiguinho (pagando o preço que ele colocou previamente) ou passar.

Se você compra, paga o valor pro cara (que guarda as moedas recebidas mais as que ele tinha colocado como preço), cada um vai fazer isso uma vez, no final caso ninguém tenha comprado algum dos seus tiles, a moeda que você colocou como preço é paga ao banco e você fica com o(s) tile(s) em questão.

O board principal com as 4 pontuações e quando elas vão acontecer.

Aí entra a fase "carcassonne" do jogo, que basicamente é colocar o tile no seu território, e vamos para a segunda parada legal do jogo que é a pontuação.

No início de cada partida escolhemos 4 formas de pontuação (dentre 16 disponíveis) e as colocamos no board principal, em cada rodada pontuam coisas diferentes (no final cada umas das 4 formas é pontuada 3 vezes), então observar o mercado da vez, e a forma de colocar os tiles é de extrema importância para o momento e para a frente da partida.

O seu território onde várias coisas podem te dar ponto.

Depois de cinco ou seis rodadas (dependendo do número de jogadores) o jogo acaba e quem tem mais pontos é o grande vencedor.

Isle of Skye é daqueles jogos simples, rápidos e geniais nas pequenas coisas, tudo nele é elegante e faz você querer ao final da partida, jogar ele de novo.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

RISK : Star Wars Edition


Em RISK : Star Wars, os jogadores recriam os fatos acontecidos no Episódio VI, onde temos três frentes : A luta final entre o Luke e o Vader, a Batalha de Endor para baixar o escudo defletor da Estrela da Morte e uma grande batalha espacial entre Rebeldes e as naves do Império.

Tudo gira em torno de dois objetivos primordiais : os Rebeldes ganham se conseguirem destruir a Estrela da Morte, e o Império leva a partida se conseguir destruir todas as naves Rebeldes.

O Império tentando proteger de qualquer forma a Estrela da Morte.

Ao contrário de muitos jogos da franquia RISK, todas as ações são realizadas através de cartas. No início da rodada os jogadores comprar seis cartas, escolhem três e colocam na ordem em que você deseja que elas sejam executadas.

O legal é que essa cartas, apesar de você definir a ordem, te dão a possibilidade de múltiplas ações, então você não corre o risco de perder uma ação e tem a possibilidade de repensar uma jogada dependendo da situação de jogo.

 As cartinhas com múltiplas funções são o "core" do jogo.

Outro diferencial do RISK : Star Wars em relação aos outros são os combates, que nessa edição não tem confronto entre os dados de ataque vs. defesa. Você faz uma rolagem com as unidades selecionadas e acerta com 5 ou 6 no dado, causando baixas no adversário.

Essa edição do RISK é muito divertida de jogar, funciona super bem com a mulecada (não tem leitura nenhuma de texto) e tem uma duração bastante boa (uma hora e pouco por partida no máximo).

Para quem curte a franquia Star Wars e se amarra num joguinho de porrada despretensioso, essa edição do RISK é compra obrigatória.

Meu "Rebelde" conseguiu redimir o Vader, baixar o escudo
e destruir a Estrela da Morte... O mão boa...

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Chaparral


Corrigindo uma lacuna enorme, vou começar uma série de resenhas dos jogos da MS Jogos, e o primeiro que eu vou falar é o Chaparral, oitavo jogo da série do Marcos Macri.

No jogo estamos através de influência, conseguir prosperar no Velho Oeste Americano, e para isso estamos trocando ideias com o Xerife, o Prefeito, a Dona do Saloon entre outras figuras típicas.

Chaparral é um jogo de work-placement onde temos 12 personagens que podem ser utilizados, com eles influenciamos os estabelecimentos, para posteriormente conseguirmos comprá-los, fazemos diversas ações para no final tentarmos realizar os objetivos, que são como vamos ganhar o jogo.

O tabuleiro para cada jogador, com algumas informações.

A escalada do jogo é bem progressiva, o que deixa a grana mais abundante da metade do final (onde todo mundo já influenciou tudo e já está com os bolsos cheios), o que o torna um euro bem light, bom para que quer conhecer as mecânicas que ele apresenta.

O jogo segue em seus turnos até que um dos jogadores chegue a um certo número de objetivos alcançados, ou até que as cartas de diligência cheguem ao final.

O tabuleiro central onde tudo acontece.

A produção, como é de costume na MS Jogos, está caprichada, com componentes bacanas a um preço bastante acessível.

Em 2012 eu tive a oportunidade de jogar o Gran Circo, primeiro jogo da MS Jogos, e a partir desse o Macri se firmou como um dos designers mais produtivos do cenário nacional e com o Chaparral ele chega ao oitavo jogo do seu selo se mantendo fiel ao público que curte um euro light ou está começando no hobby.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Battle Royal 2016 - Um relato do torneio


Mais uma edição do Battle Royal, e mais uma vez o amigo Marcelo Moura foi com a galera do Rio participar e a pedidos do blog fez um relato da experiência para a galera que curte o card-game.

Fala ae pessoal, beleza? Me chamo Marcelo Moura, sou jogador de Battle Scenes a algum tempo e a pedidos do velho amigo Cacá irei comentar um pouco do que pude presenciar no Royal 2016.

A galera do Rio reunida com o simpático Fabian Balbinot.

O primeiro ponto a comentar foi o acesso, realmente muito perto do Metrô, bem localizado mesmo. O Clube ficava cerca de 3 quadras da estação em um bairro legal e movimentado, creio que chegar não foi problemas para ninguém.
 

Uma bela estrutura foi montada, havia um pequeno atendimento para o check in e pessoas respondendo possíveis dúvidas.
 

O salão era enorme, haviam muitas cadeiras e mesas por todo local, muito bem refrigerado e confortável em todos os aspectos. Dessa vez resolveram o problema com tempo nas partidas, incluindo 2 cronômetros enormes e além dos 50 minutos "normais" da partida a dupla recebia mais 3 turnos para encerrar o jogo caso necessário. Ponto positivo!

A mesa com as premiações IRADAS.

Juízes? Sim haviam, e uma boa quantidade. Mas sinceramente, pelo menos a minha opinião particular é que falta conhecimento para resolver questões tolas. A todo momento era normal algum deles chamar outro para resolver e isso me deu a impressão que juiz mesmo eram só aqueles camaradas da Copag e os outros seriam meros inspetores.
 

Após cada rodada encerrada eles revelavam uma carta Ultra da edição e sorteavam 3 delas para o público, foi bem legal mas acabou aumentando o tempo de permanência no evento em pelo menos 2h.
 

Como no anterior o criador do jogo estava por lá conversando, assinando cartas e tudo mais. Fabian é realmente um cara legal de se conhecer e bater um papo.

O grande vencedor, Matheus Cavalcanti.

 Ahhh a premiação? Sem comentários, eles capricharam e MUITO! Fechando com chave de ouro, o Rio fez uma bela participação e colocou no top8 cinco jogadores. #biscoito > #bolacha!


Por fim, para deixar registrado, o grande vencedor foi o Matheus Cavalcanti com seu deck Ultron Control que você pode analisar no blog da Copag (nesse link) juntamente com o restante do TOP16 do torneio.

Essa matéria foi escrita pelo amigo Marcelo Moura.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Gnomopolis

A arte do protótipo do divertido Gnomopolis.

Você já ouviu falar de deck-building, de dice-building, mas essa semana tive a oportunidade de jogar o primeiro gnome-building de todos, o Gnomopolis, criação dos amigos Igor Knop (notório youtuber) e do Pattick Matheus (co-autor do Masmorra de Dados).

No Gnomopolis o crescimento da população humana está alterando as cidades dos gnomos, e eles agora precisam se relocar para novos espaços e nisso precisam fazer novas contruções, habilitar os pequenos gnomos para o mercado de trabalho e com isso ganhar pontos.

Uma olhadinha no "balde" para ver os gnomos disponíveis.

A rodada básica do jogo funciona da seguinte forma : temos um "balde de gnomos" onde sorteamos três para trabalharem na nossa rodada, com eles podemos fazer as construções, ou com as construções já feitas, habilitar os efeitos especiais de cada uma (inclusive a dos outros jogadores, caso você possa pagar uma moeda pelo "aluguel").

Feito isso, os gnomos utilizados (e os que ganharmos na rodada) vão para o merecido descanso e só voltam a trabalhar quando o balde estiver vazio. Simples assim.

Mas o jogo de simples não tem nada não, ele é um daqueles "queima-mufa" bem bacanas, com combinhos de cartas, estratégias pensadas rodada à rodada e muito jogo de "uso isso, pra fazer aquilo, pra me dar aquilo outro".

O Igor Knop (de marrom) ensinando o jogo pra galera.

O jogo pode terminar de algumas maneiras, quando não tiverem mais prédios a serem comprados, quando um jogador fechar 7 construções, quando acabar o dinheiro do banco e finalmente quando não houverem mais gnomos disponíveis e aí tem uma pontuação baseada nos prédios e quem tiver mais ponto ganha.

O Gnomopolis ainda é um jogo em desenvolvimento, mas pra mim o core do jogo está perfeito, o lance é balancear uma ou outra coisinha, ajustar a arte e partir para o abraço. Guardem esse nome, pois acredito que vá ser um dos grandes lançamentos de 2017.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Swords and Bagpipes


Todo mundo conhece a história imortalizada nos cinemas sobre as batalhas de Willian Wallace para libertar a Escócia da sua dependência da Coroa Britânica, e que em como muitas das vezes ele tinha que se virar sozinho pois os próprios clãs escoceses não tinham interesse nessa independência.

Pois bem, o pessoal da Mamute Jogos está com o financiamento do jogo Swords and Bagpipes, que de forma leve (mas ainda assim com todas rasteiras que o conflito envolvia) resgata um pouco desse período da história.

O jogo funciona de 2 a 6 jogadores, onde cada jogador é um dos clãs escoceses envolvidos no conflito e tem até 7 rodadas para garantir que a Escócia não seja massacrada pelos ingleses ou então sucumbe frente as investidas e no final que ajudou mais a causa (ou traiu menos seus compatriotas) ganha o jogo.

O mapa da Escócia, e a carta que indica com que força a Inglaterra irá atacar.

No início de cada rodada abrimos uma carta que nos diz a força com o qual os ingleses atacarão e alguma observação sobre mudança de regra para a rodada e a premiação dos jogadores no final, depois disso os jogadores devem começar a traçar suas estratégias.

Podemos usar cartas em determinadas situações, recrutamos gente para o nosso Castelo e depois decidimos quantos desses bravos soldados vão para o campo de batalha.

Depois de todos os jogadores terem feito sua jogada, secretamente cada clã decide se apoia os escoceses ou traiçoeiramente vai apoiar a investida inglesa.

A área de cada clã com alguns soldados no Castelo
e outros indo pro campo de batalha
.

No "campo de batalha" somamos as forças de cada lado, quem apoiou a Escócia ganha uma premiação pela participação, quando ganham é uma premiação boa, mas perdendo a batalha o prêmio é bem menor, caso você seja um dos traidores ganha um prêmio bom em grana, mas em contrapartida recebe uma cartinha de traidor.

Isso é o grande barato do jogo, mesurar quando você deve ser fiel a causa ou quando deve ser fiel a coroa, pois ajudando aos ingleses você tem ganhos maiores, ao passo que ao ajudar a Escócia você posterga o jogo e também pode ter mais chances de ganhar a partida.

Imagem promocional da campanha de FC.

O jogo pode acabar de duas formas, caso a Inglaterra ganhe o jogo, o jogador vencedor é aquele que tem o menor somatório das cartas de traição, e no caso do jogo terminar nas 7 rodadas, ganha o jogador com mais dinheiro.

O Swords and Bagpipes funciona bem como filler, mas não é um jogo bobo, com uma mesa boa dá pra ter partidas com grandes reviravoltas.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Vast : The Crystal Caverns


Você em algum momento já deve ter se deparado com os jogos de dungeon-crawler, e na maioria dos casos são jogos de heróis explorando dungeons com algum evil-lord tentando atrasar esses exploradores.

Agora imagina um dungeon-crawler em que cada jogador tem o seu papel completamente diferente dos demais com objetivos diferente fazendo ações diferentes? Esse é o Vast : The Crystal Caverns.

A área de jogo dos Goblins.

Nele os jogadores escolhem o que querem ser no jogo, você pode ser o herói valentão que tem que detonar o dragão, pode ser o dragão que precisa acordar da sua preguiça e sair da caverna, pode ser os Goblins sedentos do sangue do herói, ou sei lá, podem ser a caverna, que precisa expandir e depois colapsar.

O grande barato do Vast é justamente esse, são 5 jogos em 1 (tem o Ladrão além dos citados acima, mas não li muito sobre ele), e cada experiência na partida é bem diferente.

Eu joguei de Goblin, e o meu jogo era fazer com que as minhas três tribos fossem atrás do herói para tentar matá-lo, mas cada ataque é custoso e tudo precisa de planejamento.

Todos os jogadores : Goblins, Herói, Dragão e Caverna.

As impressões sobre os outros personagens foi positiva, alguns fazendo mais ações que outros, mas no final da partida todos ficamos com vontade de jogar de forma diferente pra testar as outras possibilidades.

Achei a proposta do Vast muito bacana, e o jogo consegue desenvolver isso de uma forma bem coesa com as engrenagens aparentemente funcionando bem e acho que com mais partidas ele tende a ficar bem disputado.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Diversão digital

BrettSpielWelt : Um dos primeiros que eu conheci.

Quando eu comecei (lá-aaaa em 2002/2003), eu só tinha acesso a minha versão caseira do Catan, que jogava a exaustão com os amigos, quando eu descobri um site onde eu poderia jogá-lo, foi nele que eu conheci o pessoal do grupo do Yahoo e por consequência a Joga do Edu e hoje estou aqui.

Desde então, jogar presencialmente e por plataformas digitais tem andado quase paralelo. Para se ter uma ideia, sites com o BrettSpielWelt, me fizeram bastante companhia, tendo servido inclusive para apresentar para a comunidade jogos como o Dominion, lá em 2008.

Board Game Arena : O mais antigo.

Hoje, as coisas estão cada vez mais elaboradas, instalei recentemente o Table Top Simulator, que tem atualmente mais de 300 mods com jogos que variam desde paciência até Twilight Imperium, com gráficos caprichados, mas complicados de pegar a manha de todas as possibilidades do aplicativo.

Já os sites, como o Board Game Arena (o mais antigo de todos), costumam ser bem mais tranquilos de lidar, até por que, ao contrário do TTS, geralmente os sites respeitam as regras do jogo apresentado, e não são apenas um veículo para se jogar.

Vassal : O primeiro programa com mods.

Explico, plataformas como TTS, Tabletopia ou Vassal, te disponibilizam o mod do jogo, e você com ele joga da forma em que quiser, tipo, se por acaso você comprar uma carta à mais no seu turno, nada acontece, se o amiguinho com quem você está jogando não perceber, vida que segue.

Já os sites, geralmente tem as regras anexadas à experiência, então, você não pode burlarlá-las (intencionalmente ou não).

Table Top Simulator : Um dos mais modernos, com visual super apurado.

Particularmente eu ainda prefiro a experiência de sentar na mesa, batendo papo, parando pra hora de pizza, experiência essa que me trouxe nesses mais de 10 anos uma penca de novos amigos que vão ficar para a vida, mas fato é, que hoje você tem uma quantidade absurda de formas de jogar o seu tabuleiro preferido de forma virtual, no Board Game Geek tem uma lista gigante de opções para aqueles momentos em que todo mundo furou, ou são 2 da manhã e você tá acordado doido pra jogar alguma coisa.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

SK8 Pro


Imagine que você está numa competição interplanetária de skate e contra aliens de todas as partes do universo você precisa das melhores manobras, ter um estilo único, bons patrocinadores e claro, evitar os sabotadores.

Essa é a historinha por trás do SK8 Pro, card-game da Retro Punk lançado esse ano, que traz um bom filler ao mercado, com artes que remetem ao grafite de rua e jogabilidade bem simples e dinâmica.

Muito bons os componentes, e uma arte meio "grafite".

No início de cada rodada, os jogadores recebem 6 cartas de manobras (que valem pontos e tem níveis de dificuldade) e 5 cartas de ações, onde temos os patrocinadores, estilos e sabotagens.

Os jogadores devem então preparar a sua sequência de manobras, ou seja, separam 4 cartas na ordem em que desejam que elas sejam executadas, e tem direito a um patrocinador e um estilo, enquanto podem jogar os sabotadores nos amiguinhos.

A sequencia de manobras, só deu pra fazer até a terceira.

Feito isso o jogador rola dois dados e somado ou subtraído das cartas de ação, você tem a quantidade de pontos para realizar as manobras na ordem previamente escolhida.

Ganha a rodada o jogador com mais pontos de manobra e ganha o jogo quem conseguir levantar o troféu da rodada três vezes.

Enfim, SK8 Pro é bem rápido, de regras fáceis, com uma dose legal de "rasteira" e dá pra jogar com a mulecada à partir dos 8/9 anos sem problemas, fica a dica.

Partidinha com meu irmão e o pequeno skatista.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Zombicide : Black Plague


Desde que tinha sido lançado o KickStarter do Zombicide : Black Plague lá fora, eu tinha para mim que ele seria o Zombicide definitivo pra mim, mas os preços absurdos do frete me fizeram desistir da campanha e eu fiquei esperando a chegada dele no Brasil.

E como esperado, a Galápagos Jogos trouxe a caixa básica para o Brasil, mas a questão do preço mais uma vez me afastou dele, então esperei ele chegar nos amigos da Ludoteca BGC para alugar o jogo e ver qualé, e não me arrependi!

Meu companheiro de batalhas contra os zumbis.

O Zombicide : Black Plague era tudo que eu estava esperando desse jogo no cenário medieval, tem magia, tem espadas, tem arcos, tem masmorras e tem zumbi... Muito zumbi!!

No que compete as regras gerais, pouco (ou quase nada) foi alterado, você tem a ativação dos heróis, onde cada um pode fazer suas três ações de praxe, depois tem a ativação dos zumbis e finalmente a chegada de mais zumbis.

Segura esse Necromante fujão rapá!

Então, por que ele está mais legal? Bem, ele está mais legal pela inclusão das magias, que vem como opção de armas de alcance, o tabuleiro individual de cada personagem agora é muito mais legal, com os espaços bem demarcados (mãos, corpo e mochila), cartinhas de comida, antes inúteis, agora dando pontos de experiência, cartas de ativação de zumbis bem mais interessantes e o Necromante.

Das adições, ele tinha sido a que eu tinha menos gostado nas primeiras duas partidas, mas ele é um tremendo pé no saco, pois ele desde que aparece fica só fugindo do tabuleiro, mas você pode perder uma partida caso deixe ele pra lá, então ele subiu um pouco no meu conceito depois que perdemos por conta das suas fugas.

E esse player board lindão? A Guillotine realmente caprichou.

Enfim, Zombicide : Black Plague veio para agradar ao povo que curte um medieval com zumbis, acho que ele tem muito a ganhar com futuras expansões além de ser uma excelente fonte de miniaturas para os seus RPG's.

Esse e mais um monte de jogos você pode alugar sem sair de casa com os amigos da Ludoteca BGC, conheçam os planos de assinatura e divirtam-se!