sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Resenha: D-Day Dice



O D-Day Dice é um jogo do canadense Emmanuel Aquin, financiado através do Kickstarter em 2011. De início ele foi projetado para ser um jogo solo (1 player), mas durante o financiamento ganhou regras para o modo cooperativo (2-4 players contra o tabuleiro) e, com a expansão Atlantikwall, pode ser jogado também em modo semi-cooperativo (1 player contra os demais).

O jogo vem com diversos tabuleiros e, como o próprio nome já diz, tem como tema o "Dia D", onde cada tabuleiro simula uma das invasões aliadas durante a Segunda Guerra Mundial. A principal mecânica é o dice selection, apoiada por um hand managemant de cartas abertas que podem influenciar os resultados das rolagens, reduzindo bastante o fator sorte dos dados.


As regras do D-Day Dice são relativamente simples: você pode realizar até 3 rolagens por turno, separando obrigatoriamente dois dos 6 dados na primeira rolagem e separando livremente os demais nas outras duas. Dependendo dos resultados você pode ganhar quatro coisas diferentes, que são contabilizadas no seu tabuleiro pessoal: soldados (se alguém ficar sem nenhum morre e acaba o jogo), coragem (requisito para avançar no tabuleiro e para algumas cartas), ferramentas (usadas na compra de cartas de equipamento) ou estrelas (usadas na compra de cartas de especialistas). O sexto resultado possível são as caveiras, onde cada caveira anula um outro dado à sua escolha. Além disso, há vários bônus especiais caso você consiga 3 simbolos iguais de 3 cores diferentes (o set de dados tem 2 dados de cada cor).


Após as rolagens você pode comprar cartas, e em seguida vem a fase do tabuleiro, que é dividido em diversas áreas, cada uma com determinadas informações: quantos soldados morrem naquela área, se há rolagem para minas e metralhadoras (que também matam soldados), se há alguma restrição ou condição (que afetam outras regras do jogo), etc. Primeiro você escolhe se vai avançar ou ficar parado (após 3 rodadas é obrigatório avançar, ou você morre), e em seguida aplica as condições informadas na área do tabuleiro em que você está.

O objetivo do jogo depende da missão (ou seja, do tabuleiro escolhido), mas basicamente é chegar ao bunker no topo do mapa e sobreviver. Parece fácil, mas... não é. Conforme se avança a quantidade de soldados mortos em cada área vai aumentando bastante, assim como as metralhadoras e minas, exigindo um bom planejamento dos jogadores já que eles perdem caso algum fique sem soldados.


Enfim, deu para perceber que as regras são tranquilas, deixando a complexidade do jogo mais por conta das cartas... são vários decks (equipamentos, especialistas, etc), a maioria deles "abertos", o que significa que você pode escolher qualquer carta na hora de comprar. Esse tipo de mecânica otimiza a estratégia, pois você compra as exatas cartas que precisa, mas também aumenta a complexidade e o tempo de jogo, já que à cada compra é necessário ler várias e várias cartas e pensar em como poderá usar cada uma delas.


Esse aí foi o D-Day Dice básico, mas essa noite estreamos por aqui a expansão Atlantikwall, que é bem interessante... mantém-se todas as regras normais do jogo, exceto pelo 5º player que passa a jogar com a Alemanha contra os demais jogadores. Ele não se move no mapa, mas também rola dados e compra cartas em decks específicos dos alemães (essas cartas costumam afetar os demais jogadores, com armadilhas por exemplo). Além disso, as minas e metralhadoras do tabuleiro começam inativas, obrigando o jogador alemão a contratar os especialistas que as ativarão. No final do jogo, quando os demais players chegam ao bunker, há um embate final: compara-se a quantidade de soldados de cada player com a do Alemão, e este vence se tiver mais soldados que cada um dos jogadores.

Ótimo jogo, com uma boa dose de estratégia, e que funciona muito bem nas suas três variações - solo, cooperativo e semi-cooperativo.

Resenha escrita pelo Marcelo Groo

Um comentário:

None123 disse...

Achei legal demais esse jogo. É muita expectativa na hora de rolar os dados. As cartas são bem úteis na hora do aperto.

Eu curti muito jogar ele Solo.