quarta-feira, 29 de abril de 2009

Abr. 28 - Inauguração do novo "Shamouzão"

Ontem na casa do Camilo rolou uma inauguração típica das obras cariocas, ainda faltando acabamento, com banquinhos de caixa de tomate, mas já funcionando à pleno vapor (hehehehe).

O quorum foi praticamente formado pela galera "old-school", éramos eu, Camilo, Léo Rossi, Rogério, Shamou e Márcio de novato só o Fel.

Pra começar bem a noite um joguinho "farra" pra animar, puxamos logo o RISK Express. Foi uma sucessão de cubreadas, um querendo pegar o território do outro. Eu acabei ganhando graças ao Camilo e ao Márcio que resolveram acabar com os territórios da mesa para fechar o jogo e de quebra ainda fizeram o Fel ficar em último.


Shamou (costas), Márcio, Rogério e Fel jogando o RISK.

Depois o Fel foi embora e o Léo sentou à mesa para jogarmos um Battlestar Galactica.

Possivelmente vocês já devem ter lido alguma coisa sobre o jogo, então vou dar só uma pincelada sobre ele. Nele somos a tripulação da nave tentando voltar para a segurança do nosso planeta evitando o ataque dos famigerados Cylons, só que existe um traidor entre nós que pode por tudo a perder.

Já falei da historinha, vamos a mecânica. Cada jogador escolhe (no nosso caso foi sorteado), um personagem que tem 2 vantagens e uma desvantagem e uma carta de "alinhamento" que pode ser humano ou cylon (os traidores), no início de todo round pegamos uma quantidade X de cartas que vão nos ajudar nos afazeres da nave, e no final do turno abrimos uma carta de "crise" que temos que resolver ou sofrer as consequências.


Rogério explicando o Battlestar pro Camilo, Márcio, Fel e Léo.

Em cada carta de crise existem também a movimentação das naves Cylon e o nosso "salto" de hiper-espaço, que é o que vai mostrar o quão perto estamos de casa. Depois de estarmos na metade do caminho de casa, os jogadores recebem novas cartas de "alinhamento", se você receber uma carta de Cylon passa a ser traidor (existem apenas duas no jogo). No final do último "salto" se os humanos conseguirem eles ganham, se antes disso os Cylon perturbarem o jogo, eles ganham.

Eu achei o jogo muuuuito melhor que o Shadows Over Camelot (que é minha referência em cooperativos), acho que ele deve ter uma rejogabilidade muito maior, exatamente pelo fato dos dois momentos onde você recebe cartas de "alinhamento". Como era a nossa primeira partida não percebemos essa nuance e como ninguém entrou de traidor na primeira metade demos uma corrida para os humanos se darem bem.


O bonito tabuleiro do Battlestar Galactica.

Então quando finalmente os Cylons apareceram (Márcio e o Rogério, que já tava atuando de Cylon mesmo sem ser) já era praticamente tarde demais para os traidores e os humanos ganharam com relativa facilidade.

Resumo de ontem, foi uma jogatina das mais divertidas onde todo mundo falou um monte de besteira, tomou muita cerveja (e champagne, afinal era uma inauguração) e jogou, que afinal é isso que vale.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Prazer à dois


As máquinas do divertido Factory Fun.

Esses dias aqui no Rio tem sido de boresta por conta da semana cheinha de feriados (terça e quinta) e como eu tinha uns dias sobrando no trabalho aproveitei para tirar a sexta de folga e ficar passando momentos super agradáveis com a patroa e o muleque.

E como sempre sobra um tempinho entre uma dormida e outra do pequeno, deu pra jogar umas partidinhas animadas de Factory Fun e Carcassonne: The Castle com a Ana.


Para 2 não tem Carcassonne melhor. Foto BGG.

É legal ver como ela (que gosta de jogar, mas ainda não tem a veia "gamer") está evoluindo nesses dois jogos, antes de 5 partidas eu ganhava as 5, agora estou começando a ter uma adversária bem difícil.

Mas o mais legal foi que ela começou a sentir falta de jogar em casa, e já me pediu para chamar ela mais vezes para jogar e para mostrar outros jogos. É muito legal quando você desperta a vontade das pessoas em jogar, e é mais legal ainda quando isso acontece dentro da sua casa. Agora é começar a fazer com que aquela veia "gamer" apareça, jogos interessantes para se jogar em dupla é o que não falta.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Sábado é dia de Castelo.

Esse sábado rola mais uma edição do Castelo das Peças, e o evento além das atrações de sempre agora começa uma parceria social junto ao SESC, para explicar melhor a palavra de um dos organizadores, o Antônio Marcelo:

"Pessoal, Além de convidar vocês para participarem de nosso próximo dia 25 de abril no Sesc Copacabana, na Domingos Ferreira 160, 5o. andar (lembrando de 10 as 18 horas!!), queria falar algumas palavras.

Antes de tudo quero agradecer o grande número de pessoas que está participando de nosso Castelo das Peças e que tem aos poucos tornando-se uma referência aqui no Rio e no resto do Brasil. Temos feito um ótimo trabalho, e estamos sendo reconhecidos por isso pelos nossos parceiros, por blogs, sites, etc.

Chega um momento contudo que precisamos também colocar um pouco mais de seriedade e responsabilidade em nossas atividades. Estamos começando a participar de maneira mais forte e compromissada com o banco Rio de alimentos do Sesc, casa que nos hospeda todo mês com carinho e conforto. O Banco Rio de Alimentos é uma iniciativa que recolhe alimento para pessoas carentes que estão necessitando de ajuda. Bom, nós do Castelo estamos abraçando esta idéia e queremos muito colaborar nesta campanha.

Pedimos as pessoas que participarão no próximo dia 25 e nas futuras edições de nosso evento que levem uma lata de leite em pó para ajudar estas pessoas. Estaremos recolhendo no eventos eventos daqui para frente e serão encaminhadas para o Banco Rio de Alimentos via o Sesc.

Esta pequena colaboração que para todos nós é muito pequena, tem um valor inestimável para as pessoas que no momento atravessam grandes dificuldades e que realmente precisam de nossa ajuda. Gostaríamos que todos nós jogadores dessemos um exemplo muito bacana, e que possamos em cada Castelo que realizarmos daqui para frente levarmos um pouco de conforto a estas pessoas.

Peço a todos então que além de frequentarem nosso espaço que abraçassem esta campanha, pois assim estaremos fazendo a nossa parte, por mais modesta que seja, mas que é muito importante.

Abraços a todos, nos vemos dia 25 !!!"

sexta-feira, 17 de abril de 2009

The post is good, 'cause is quick!

— Terminou ontem a ABRIN 2009. A única feira voltada aos brinquedos e por consequência, aos jogos de tabuleiro aqui no Brasil, alugns amigos de jogatina passaram por lá e como tem sido via de regra, nada de muito novo. Fica um post rapidinho do Formiga.

— O amigo Fel ficou encantado com o Fruit Fair e como achou o tema "bobinho" resolveu juntamente com o designer Marcelo Medeia criar um novo, com isso nasceu Apocalyto. Ficou muito melhor que o original, estamos só esperando uma impressão final para divulgar as fotos, mas vou deixar umas imagens.



— Já está no "forno" a próxima revista digital Strategos, depois de um hiato de quase um ano ela vai voltar cheia de novidades, mais enxuta e redesenhada, vai valer à pena ter esperado.

É isso, semana sem muitas novidades, mas com muitas promessas boas.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Resenha : Witch's Brew



Como tenho escrito as sessões do Calabouço direto no blog de lá, tenho mais tempo de escrever sobre as novidades que tem aparecido para jogar, e na última quinta eu joguei pela primeira vez o Witch's Brew.

Esse jogo foi lançado pela Alea em 2008 e é o quarto título das caixas médias. Criado pelo designer Andreas Pelikan esse é um card-game muito bacana utilizando uma mecânica já bastante conhecida, a de seleção simultânea de papeis.


Imagem de divulgação da Alea.

TEMA: No jogo somos bruxos que temos que fazer as melhores poções e para isso temos que coletar os elementos (sangue de lobo, suco de ervas e veneno de cobra) para fazermos elas.

MECÂNICA: Cada jogador recebe um deck de ações composto de 12 cartas, para cada rodada são selecionadas 5 dessas ações e em cada turno optamos por uma dessas 5 ações. O líder então abre a sua escolha, o jogador seguinte então escolhe se ele segue como aprendiz, ou se toma o lugar do líder.

Caso siga como aprendiz utiliza o poder secundário da carta, caso resolva ser o líder assume essa posição e o jogador anterior perde a ação e a rodada segue até que todos tenham feito sua escolha (ou passado caso não tenham escolhido dentre as 5 cartas a ação da vez).

O jogo termina quando se compram 4 cartas tem poção que tenham um corvo desenhado, aí termina-se o turno e contam-se os pontos.


Setup inicial com as poções dispostas. Foto BGG.

COMPONENTES: Padrão Alea de qualidade, com cartas muito bem ilustradas, pecinhas em madeira e apesar de eles cismarem em usar a mesma caixa interna isso não prejudica na hora de guardar o jogo.

DIVERSÃO: O jogo acaba sendo uma sucessão de jogadas onde você pode dar pernada nos outros jogadores, o que garante boas risadas e boas sacanagens e como eles tem ícones bem intuitivos não tem problema da barreira da lingua (nós jogamos a versão alemã e foi tudo bem tranquilo) o que torna o jogo um excelente gateway.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Jogo rápido

Sexta-feira santa, feriadão, então não vou me alongar muito com as notinhas pois o dia está muito bonito, vou sair pra comemorar os 90 anos da minha Vó Maria com a família.

— Continuando empolgado pela parceria Portugal/Brasil, saiu a capa do Alta Tensão (Power Grid), o Philip colocou lá na Ilha do Tabuleiro que segunda-feira já teremos a página para pre-order e também a arte do verso.


A capa da Alta Tensão.

— Continuando em "terras de além-mar" o blog Dream with Board-games entrevistou Roberto di Meglio, autor de um dos jogos mais badalados desse primeiro semestre, o Age of Conan.

— Nota triste, faleceu essa semana David L. Arneson, aos 61 anos. Ele foi um dos criadores do sistema Dungeons & Dragons, que recheou boas partes das minhas tardes quando moleque.

E é isso, uma boa páscoa para todos, semana que vem tem mais.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Bons ventos sopram da Europa

Hoje soube através dos amigos Antonio Marcelo e Flávio Jandorno que eles foram contactados pela empresa portuguesa Runadrake que está traduzindo e começando a comercializar jogos consagrados na nossa lingua, o primeiro título é o Power Grid (Alta Tensão em português).



A idéia é criamos uma ponte entre Brasil/Portugal para a venda desses jogos, a animação por essas bandas é claro é das maiores, pois uma parceria desse tipo além de alavancar o nosso mercado, também traria uma série de novos jogadores, pois a questão da dificuldade da lingua deixaria de ser uma barreira.


Alta Tensão, em breve mais perto do que você imagina.

Ainda não temos idéia de preço, mas mesmo que fique um pouco mais salgado do que trazermos via EUA, acredito que hajam algumas facilidades com a questão do imposto, fora a já citada facilidade da tradução. Agora é esperar maiores informações, eu estou empolgado.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Rolando os dados

Nessa semana tivemos algumas coisas bem legais que merecem destaque na sessão de notinhas, umas ficam meio restritas como foram as discussões no forum da BG-BR sobre a questão do Campeonato de Monopoly e como isso contribui (ou não) no crescimento do nosso mercado de jogos, as outras vão por tópicos:

— Na conceituada revista WIRED deste mês saiu uma reportagem enorme sobre o que ele chamam de "O assassinato do Monopoly". É uma matéria sobre como os jogos alemães estão mudando a maneira das pessoas verem os jogos de tabuleiro.


O mestre por trás da renascença dos boardgames, Klaus Teuber.

— No blog do amigo Carlos Abrunhosa (o Jogo Eu) essa semana apareceu uma entrevista muito bacana com o Bruno "Citadels" Faidutti.

— No blog do Calabouço outro amigão, o Cadu, escreveu uma resenha super bacana sobre o Die Macher, para quem quiser saber um pouco mais sobre o jogo "mais pesado entre os pesados" dêem uma olhada.


Capa do livro do amigo Antonio.

— É com imenso prazer que eu também dou uma divulgada no recém lançado livro, o "Design de Jogos : Fundamentos", do grande amigo (e organizador do Castelo das Peças) Antonio Marcelo, para quem se interessa pelo tema taí um bom presente.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Mar. 31 - Casa do Camilo

Ontem rolou uma joga extraordinária na casa do Camilo, estamos convencendo o amigo a reformar o "Shamouzão" para o retorno das jogatinas regulares por lá, mas por enquanto estamos tendo que "pegar empresato" meia mesa de ping-pong no play do prédio.
O "quorum" além de mim eram Camilo, Márcio e Fel e já estávamos programados para jogar duas partidas apenas para não terminar muito tarde (e as patroas não reclamarem tanto). Para início dos trabalhos um Castle for all Seasons.


Trabalhadores se empenhando em construir o Castle for all Seasons.

No jogo somos construtores erguendo os prédios para que o Castelo em questão fique pronto. O jogo tem duas mecânicas bem fortes, a de seleção de papeis e a de work-placement. A primeira é principal, pois são os papeis responsáveis pelo desenvolver do jogo (inclusive na hora de colocação dos trabalhadores), já a segunda fica com a obtenção de material (dependendo para isso de uma carta que dispara essa fase) e a aquisição de pontos no final do jogo.

O jogo é bem rápido, e com o tempo dá para se traçar estratégias que se ninguém te marcar podem virar "receita de bolo", mesmo assim gostei muito dele. Na nossa partida o Márcio disparou logo no início e liderou praticamente de ponta-a-ponta e embora dissesse que "o terceiro lugar estava garantido" acabou ganhando, com o Camilo em segundo, Fel em terceiro e eu em último.


Uma das versões mais bonitas do Catan.

Depois rolou um Catan Geographies: German, que nada mais é do que um Catan com um mapa fixo e peças pra lá de bonitas.

Existem alguma mudanças pequenas de mecânica, como a inclusão de "pontos turísticos" que são prédios sem cor que além de ponto de vitória te dão um benefício instantâneo na hora da construção e os lugares pré-determinados para a construção das casas. Não existem portos, então todas as trocas estão limitadas a 3:1 ou com outros jogadores, existe uma carta que possibilita uma troca 2:1 e também não existem cidades, então você acaba sempre ganhando apenas um produto por prédio na hora das rolagens.

A partida foi bem disputada chegando uma hora em que estavam todos com 8 pontos prestes a sacramentar a vitória, mas aí com uma rolagem das boas eu consegui pegar o ponto da maior estrada e como tinha uma carta fechei em 10, com o Camilo e o Fel empatados em segundo com 8 e o Márcio em último com 7.