sexta-feira, 27 de junho de 2008

Session Report : Jun. 26 - Calabouço das Peças

Esse mês quase não tenho tido oportunidade de aparecer nas jogatinas regulares, então qualquer chance de jogar é bem-vinda, ontem foi uma dessas raras ocasiões.

Cheguei no Calabouço e o povo já tava jogando uma partida de King of Siam, pelo que ví do jogo ele parece bacana, mas o povo passava muito tempo analisando as jogadas e isso geralmente me desanima um pouco, mas darei uma oportunidade pra ele em breve.

Acabada a partida já éramos 5 e resolvemos jogar o Container, o jogo foi criado pelo falecido Franz-Benno Delonge (que também fez alguns jogos que eu gosto muito como o Dos Rios e o Goldbräu) e pelo Tomas Ewert.



No jogo tomamos conta de um porto e temos que produzir, comprar e vender paradas para depois levar essas paradas (que são dividas em 5 cores) para a nossa ilha, para no final pontuarmos.

Achou minha explicação confusa? Então, o jogo é bem isso, passei grande parte dele tentando enteder o que estava fazendo e como fazer pra pontuar bem no final. Vale a pena e acredito que com mais uma ou duas partidas as estratégias fiquem mais bem traçadas, mas não é um jogo que você vá entender logo de cara. Bouzada ganhou e micou minha vitória dizendo que eu tava pra ganhar (ele sempre faz isso).


Zoom do monolito do Nexus Ops. Imagem BGG.

Depois disso fomos para um jogo de "porrada" e escolhemos um dos prediletos da casa, o Nexus Ops. A partida foi bem boa, e apesar de estar com uma mão podre para os dados (e para as cartas) consegui quase ganhar, mas quem levou foi o Arthur.

Para terminar a noite, outra estreia, o Notre Dame, criado por Stefan Feld (que também criou o In the Year of the Dragon e o Rum & Pirates) ele foi um dos grandes lançamentos do ano passado e é bastante legal.


Tabuleiro do Notre Dame. Imagem BGG.

A mecânica é simples e bem sacada, cada jogador tem um deck, cubos, um camaradinha e uma carroagem, o lance é fazer as suas peças irem para o tabuleiro usando o deck, para ir somando pontos. Mas temos que tomar cuidado com os malditos ratos que estão sempre querendo passar doenças para os nossos cubos. Outra vez o Bouzada micou minha vitória, acabou ganhando ele com uma diferença bem pequena para o segundo e o terceiro colocado.

Outra boa noitada de diversão, e o melhor é que sábado (dia 28) tem Castelo. Pelo menos no final do mês vou conseguir tirar a barriga da miséria.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Party Games.... Por que odiá-los?

Se você mora no Brasil sabe que o mercado de jogos aqui não é dos melhores desde sempre e, salvando algumas raras exceções, fomos brindados desde crianças com os mais diversos tipos de party-games.


Tabuleiro do PERFIL. Imagem BGG.

E, atire a primeira pedra, aquele que nunca se divertiu com eles. O grande problema é que esse tipo de jogo funciona, mas quando você joga pela primeira vez um Catan ou um Puerto Rico, eles passam a ser "a pior coisa de todos os tempos".


Tabuleiro do IMAGEM & AÇÃO. Imagem BGG.

Exageros a parte, acho que a existência de jogos assim super válida, afinal são jogos que servem para rir um bocado com os amigos, juntar a galera em volta de uma mesa e quem sabe até mesmo como aperitivo para depois mandar um "que tal jogarmos algo mais maneiro agora?"

Confesso que mesmo agora depois de conhecer mais jogos do que consigo jogar, ainda tenho tempo (e por que não dizer saco) para uma ou outra partidinha do Imagem & Ação ou um Perfil.


Tabuleiro do MASTER. Imagem BGG.

Acho que agora o grande barato e tentar apresentar para a galera que só curte esses jogos, sim existe esse tipo de galera, algo com um toque mais moderno, como o Ca$h'n Gun$, Werewolf e até mesmo o Jogo da Fronteira.


Tabuleiro do CA$H'n GUN$. Imagem BGG.

E quem sabe assim acabar criando um hábito maior de jogos entre a galera, a aí convencer aquele amigo "vamos-jogar-imagem-&-ação" a virar um amigo "bora-jogar-El-Grande".

terça-feira, 3 de junho de 2008

Resenha : Taluva



Depois de algumas partidas dele acho que posso falar um pouco do Taluva. Lançado em 2006, e criado por Marcel-André Casasola Merkle que também é autor de outro grande jogo o Attika.

Esse é um jogo típico de colocação de tiles, mas com algumas peculiaridades que o tornam bastante interessante. Cada tile é formado por 3 tipos de terreno, obrigatoriamente um é um vulcão, os outros dois variam entre cinco outros tipos existentes (rio, areia, clareira, rocha e mata fechada). E cada jogador dispõe de 3 tipos de construção (templo, observatório e cabanas).

O jogo se desenvolve da seguinte forma, pegamos um tile da pilha, colocamos no tabuleiro e podemos construir ou expandir uma aldeia.


Os três tipos diferentes de construção (templo,
observatório e cabana).


Na colocação do tile temos algumas das paradas bacanas no jogo, podemos colocá-lo em vários níveis, por exemplo, podemos manter o jogo “ao nível do mar” ou ir subindo, para isso obedecemos uma regra, só podemos colocar vulcão sobre vulcão e sempre tomando cuidado para que a direção da lava não esteja igual nos dois tiles.

Nessa hora você pode inclusive destruir cabanas durante a colocação do tile, mas nunca poderá acabar com uma aldeia completamente, e nem passar por cima de outras construções que não sejam cabanas.

Para que iríamos subir os níveis do tabuleiro? Simples, por conta das construções. O observatório só pode ser construído no terceiro nível do tabuleiro, e na hora da expansão quanto mais alto forem os níveis, mas cabanas podem aparecer.


Durante a partida o tabuleiro vai ficando assim.

Vamos explicar, depois de colocar o tile vem a parte da construção/expansão, nessa hora você pode construir uma cabana (essas só podem ser construídas no primeiro nível), um templo (mas esse só pode aparecer depois que a sua aldeia já tem pelo menos 3 espaços construídos), construir o observatório (como já foi dito, esse só aparece no nível 3 do tabuleiro) ou então expandir.

A expansão funciona assim, você escolhe um tipo de terreno (dentre os cinco que eu já citei) e coloca uma cabana em cada um desses adjacentes a aldeia escolhida, só que para cada nível do tabuleiro você pode colocar uma cabana à mais (ex: no nível 2 duas cabanas, no nível 3 três cabanas e por aí vai).

Ganha o jogo quem no final tiver mais templos (o desempate é pelo número de observatórios e depois de cabanas). Outra forma de ganhar o jogo é exaurindo duas dos seus três tipos de construção.

O jogo é muito bacana, bem estratégico e do tipo que quanto mais você joga, mais vai pegando as manhas e descobrindo novas formas de usar as vantagens na hora de construir/expandir. Em todas as vezes que joguei, sempre foram partidas com 4 pessoas, e ele funciona muito bem. Acredito que seja um ótimo jogo também para 3 ou 2.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Session Report : Mai. 31 - Castelo das Peças

sApós três edições em Copacabana finalmente consegui aparecer para conferir as novas dependências do Castelo das Peças, e não me decepcionei, pelo contrário, está cada vez melhor.


Foto da mesa de jogos no início do evento.

Primeiro um rápido panorama do que é o SESC de Copacabana. Não tem comparação em matéria de estrutura e organização. Tudo muito limpo, refrigerado, salinha de coffee-break, banheiros limpos. Quanto a acessibilidade, para mim que moro na Tijuca foi tranquilo chegar lá, é perto do metrô da Siqueira Campos, mesmo o Bob's sendo praticamente a 20 minutos andando da minha casa, não é o fim do mundo ir a Copa para se ter um ambiente melhor para jogar e levar seus jogos. Enfim, foi uma mudança super positiva.


Foto panorâmica da sala, ficou ainda mais cheio.

Agora quanto ao evento, essa edição bombou, tivemos mais de 50 pessoas, e teve um momento em que precisamos desmontar o Pitch car (que estava ocupando 2 mesas) para abrigarmos todos jogando. Muito legal também a presença das crianças (nem tão crianças assim) que se divertiram bastante com as opções de jogos que tinham.

Quanto aos jogos, eu cheguei lá às dez e pouco da manhã e iniciei meus trabalhos com o divertido Venus Needs Man!, ameritrash B (se é que isso existe, hehehehehehheehe), no jogo somos raças alienígenas que vem para terra para abdusir a população. Divertido e caótico, mas é o tipo de jogo que eu nunca mais jogo.


Foto do Venus durante a partida.

Depois dele fui ensinar o Taluva para um grupo, jogamos duas partidas que foram bem legais, apesar de ter ganho as duas a segunda foi bem apertada. Mais tarde vou escrever uma resenha maior sobre o Taluva que é um jogo que eu tenho gostado muito de jogar atualmente.

Parti então para um jogo que chama atenção pela beleza das pecinhas, o BattleBall. Ele é um futebol americano do futuro, é todo baseado em dados que servem para definir a movimentação dos personagens e tals, e um dado que tem o formato da bola de futebol americano para definir o lançamento. O jogo tem sua dose de estratégia mas muuuuita sorte, eu depois de ter meu time praticamente eliminado, só sobrando UM jogador consegui passar pela defesa adversária e ganhar o jogo. Durante a tarde joguei mais uma partida e tomei um sacode, mas o jogo é divertido, foi pra wishlist.


Foto do BattleBall, o time vermelho
e os dados do jogo.

Antes de descer pra comer alguma coisa (sim, você não pode ficar andando com comida pelas mesas, ponto pro SESC) joguei uma corridinha de Pitch-Car, esse é um dos viciantes jogos de petelecos que existem por aí, ele é um jogo de corrida, tipo "champicross" onde as mulecada usa chapinhas de refrigerante como os carrinhos, e foi uma corrida tranquila, larguei na pole e fiquei na frente até o final, com o Camilo em segundo e o filho dele em terceiro (quase perdendo a terceira colocação por conta de uma capotagem). A boa notícia é que o Marco, que levou o Crokinole feito pela marcenaria dele, ficou empolgadíssimo para fazer uma versão brasuca do jogo, agora é só esperar, pois se vier com a qualidade do Crokinole vai ser show.


Foto do Pitch-Car antes de uma corrida.

Por falar em trabalho artesanal, tinha uma mesa onde o Zé fez uma maquete em 3D onde ele adaptou o jogo Mall of Horror que ganhou um novo patamar de diversão, o trabalho do cara é animal e ele ficou lá pintando as minis ao vivo, não cheguei a jogá-lo para ver como ficou a adaptação, mas visualmente tava fantástico.


Foto da versão 3D do Mall of Horror.

Voltei do almoço e fiquei um bom tempo só no Crokinole, aquilo é muito viciante, uma rápida opinião sobre o tabuleiro feito pelo Marco, agora que eu tive como compará-lo com o da Mitra eu achei o dele mais legal, tem o deslize muito bom, as peças são muito bem acabadas e as marcações muito bem feitas, dito isso fica claro por que ele saiu de lá com várias encomendas nas mãos.


Foto do Crokinole feito pelo Marco aqui do Rio.

Depois conheci dois jogos muito bacaninhas, o Pool Position e o Seismic. O primeiro é um área-control onde você tem a beira da piscina de um clube chique e tem que conseguir os melhores lugares nas espreguiçadeiras, o tema é engraçado e a mecânica é bacana.

Já o Seismic é um jogo de colocação de tiles onde somos engenheiros montando estradas partindo da falha de San Andreas, temos sempre 3 opções de tiles abertos e como no Carcassonne, onde colocarmos o tile podemos marcalo como nosso com uma pecinha colorida. O problema é que volta e meia quando abre-se um novo tile pode acontecer um terremoto que destroi as estradas já existentes abrindo novas possibilidades.


Fotos do Seismic e do Pool Position.

Nas duas partidas eu me ferrei feio, mas acabei gostando dos dois jogos. O que não foi o caso da minha última estreia, o Felix: The Cat in the Sack que eu tentei jogar mas achei muito confuso e sem graça, nele estamos tentando comprar os gatos bons e nos desfazer dos ruins, jogo de leilão, mas muito caótico.

Ainda tivemos o sorteio de três Guinness dos Jogos de Videogame, não ganhei, mas foi legal a iniciativa e a parceria que a organização fechou com a Ediouro (que inclusive mandou várias revistar Coquetel pra distribuir entre a galera).

Saí de lá quase no final e com certeza estarei no próximo.